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Gestor apresenta Centro de Atendimento aos Surdos

por Anete — publicado 10/12/2019 18h15, última modificação 10/12/2019 19h18

 

Adelmo Almeida Silva, gestor do Centro de Atendimento ao Surdo – CAS, usou a tribuna da Câmara de Cachoeiro na sessão de terça-feira (10) para falar dos direitos dos alunos com surdez. “ Hoje estou à frente de um dos maiores centros de referência para educação de surdos do Estado. Não estamos falando apenas de um atendimento linear. É muito mais do que isso. Lamentamos que hoje apenas 30 alunos estejam matriculados".


O gestor enfatiza que o Centro tem uma equipe que dá aula e complementa os conteúdos que esses alunos estão tendo nas escolas regulares e questiona se os alunos portadores de surdez e suas famílias têm noção dos seus direitos. " É importante dar aos portadores de surdez o acesso à linguagem brasileira de sinais(LIBRAS), pois a língua portuguesa não é a primeira que aprendem, ou não deveria ser. Muitos de nossos alunos das escolas regulares estão saindo sem saber as matérias por causa dessa falha no sistema de ensino”.


Adelmo critica o fato das pessoas falarem de educação sem conhecimento de causa. “ Não podemos discutir educação com quem não sabe o que é educação. Educação é a base, mas tem que ser discutida com quem vive a educação no dia a dia, sabe o que e estar na sala de aula. E falar de educação de surdos é falar disso a partir da atuação de um  profissional especializado”.

 

 O presidente da Câmara,  Alexon Soares Cipriano, lembrou que está em tramitação na Câmara projeto de sua autoria que assegura às pessoas com deficiência auditiva o direito a atendimento por tradutor ou interprete de Libras nos órgãos e entidades da administração pública direta, indireta e fundacional e nas empresas concessionárias de serviços públicos do em Cachoeiro.

 

" Democratizar a Libras garante a possibilidade de reconhecimento e legitimação desta forma de comunicação e permite que os surdos se compreendam também como comunidade. A Libras propicia ainda  uma melhor compreensão e interação entre surdos e ouvintes. Essa Câmara está atenta para que seja promovida inclusão e cidadania plena”, ressaltou Alexon Soares Cipriano.