Tiro de Guerra pede que Prefeitura cumpra convênio
A Câmara de Cachoeiro recebeu, na sessão de terça-feira 10), os sargentos Rodrigo Alécio da Silva Moura e Leonardo Lourencini Palaoro, Comandante e Instrutor do Tiro de Guerra 01-012, respectivamente. Segundo Alécio, a instituição passa por dificuldades, por não receber suporte da Prefeitura. “Queremos cumprir a nossa missão de servir formando cidadãos, mas se acharem que nossa presença não é mais necessária, nos oficiem que vamos servir a nossa pátria em outro município”, afirma.
Alécio esclareceu que existe um convênio com o Poder Executivo, para a cessão de servidores, material de expediente, mobiliário e refeições, entre outros itens, o que não está sendo cumprido. Ele informou também que a instituição tem pedido reforma há décadas, necessidade que se agravou com a enchente do último dia 25 de janeiro, que chegou a 1,60 m de altura nas instalações do TG.
Vários ofícios foram enviados para a prefeitura solicitando providências e nenhum obteve resposta, o que obriga a instituição a buscar parcerias temporárias na iniciativa privada, inclusive para o fornecimento de marmitas para os jovens atiradores. “O TG só está aqui porque houve interesse do município, que pode interromper o convênio quando quiser. Mas, se isso ocorrer, dificilmente voltaremos para Cachoeiro porque existem muitos municípios na fila solicitando essa parceria”, analisou o Comandante.
Ele fez ainda uma retrospectiva histórica sobre os 111 anos do Tiro de Guerra. “Nossa presença em solo cachoeirense tem rendido bons frutos e os nossos atiradores fazem um trabalho relevante em benefício da sociedade, estando presente em todos os fatos comunitários e sociais. Somos os maiores doadores dos bancos de sangue cachoeirense”, exemplifica.
Alguns comentários dos vereadores
_ O vereador Higner Mansur lamentou que uma instituição tão importante para a vida de tantos jovens cachoeirenses tenha que recorrer à Câmara para pedir socorro, já que convênios assinados estão sendo ignorados. “ Lamentamos profundamente esse ato de desrespeito. O que puder fazer, esteja certo que estou pronto para ajudar”.
_ A vereadora Renata Fiório enfatizou que a saída do TG de Cachoeiro vai prejudicar uma parcela da sociedade que quer servir no serviço militar obrigatório. “Existem recursos públicos que deveriam ser empregados. Mas se for necessário, assinaremos um manifesto em favor do Tiro de Guerra. Essa situação não pode permanecer”.
_ O vereador Delandi Macedo, líder do Governo, disse que recebeu da Prefeitura a informação de que esta semana a reforma será iniciada. especialmente na parte elétrica. “O TG é importante para o Município. Em nenhuma hipótese queremos que ele saia daqui. Eu me comprometo para, junto com os demais vereadores, buscarmos solução para todos os problemas”.
_ O Presidente da Câmara, Alexon Soares Cipriano, ratificou o interesse de fazer todos os esforços para que o Tiro de Guerra receba os 90 jovens que se alistam no serviço militar obrigatório a terem condições dignas para servirem. ‘É inadmissível termos que lidar com esse tipo de demanda. A mim parece simples. É só cumprir o que está no convênio”.