SindiMunicipal apresenta campanha salarial 2023 e anuncia manifestação
A presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Cachoeiro de Itapemirim, Marissol da Silva Dalrio, veio à Câmara na sessão ordinária desta terça (02) pedir o apoio dos vereadores na campanha salarial 2023 da categoria. Segundo Dalrio, desde 2020 a entidade vem buscando respostas da administração municipal sobre os reajustes garantidos por lei. O último foi concedido em 2020, porém correspondia ao percentual de 2019.
“Na lei 7756/2019 fala que o aumento seria dado em maio, conforme a inflação do ano anterior. No ano de 2020, tivemos 4,52% de inflação, em 2021, 10,6%, e em 2022, 5,80%, totalizando 20,11% de perda de poder aquisitivo do salário neste período. Todos esses anos fizemos campanha salarial, tivemos assembleia e mandamos para Semad. A resposta sempre foi ‘nós estamos estudando para ver o que é possível dar de aumento’. Este ano, a resposta é que não veem possibilidade (de reajuste). Precisamos fazer algo para rever isto”, explicou.
Exemplificando a defasagem, ela citou os cargos do chamado ‘grupo operacional’: “quando criado, a base salarial do grupo era de R$200 a mais que o salário mínimo. Hoje está R$120 a menos que o mínimo nacional, sendo necessário a prefeitura complementar até este valor”.
Presidente do Sindimunicipal desde 2021, ela afirma que, ao longo de todo este tempo, a prefeitura não vem respondendo às requisições do sindicato. “muita coisa é dever (da prefeitura), não era nem para o sindicato precisar estar pedindo”.
Manifestação pacifica
A líder sindical pediu apoio dos presentes, também, participando de manifestação pacífica, pedida pelos servidores em assembleia, que acontecerá no dia 04/05, às 17:30, objetivando sensibilizar a administração para a causa. “Nem pedimos aumento, porque teria que ser além do cálculo da defasagem, mas pelo menos o reajuste inflacionário. Após a manifestação, haverá outra assembleia para avaliar os resultados e tomar decisões de acordo com a maioria.”
Brás Zagotto (Podemos), presidente da Câmara, lembrou da promessa de concurso público para 450 vagas na prefeitura, que alega ser uma quantidade insuficiente para ‘a máquina girar’. “Muitos servidores se aposentam, saem. Precisa fazer mais concurso para substituí-los e diminuir a quantidade de cargos comissionados, ajudando a manter o instituto de previdência. É uma quantidade muito grande de servidor(comissionado) para um município que tem uma das piores arrecadações do estado. Tem que dar uma enxugada, para que seja possível pagar melhores salários e ticket alimentação, como fazemos aqui na Câmara”.