Câmara devolve recursos e pede combate ao Corona
A Câmara Municipal de Cachoeiro devolveu à Prefeitura, nesta sexta-feira (24), R$ 161.449,62. O valor é relativo a medidas tomadas pela gestão financeira e contábil em 2019, e, segundo o presidente da Câmara, Alexon Soares Cipriano (Republicanos), o desejo dos vereadores é que os recursos sejam destinados ao combate à Pandemia Covid19.
“Enquanto vereadores, não podemos decidir onde os recursos serão aplicados pelo prefeito, mas, neste momento crítico, todos os 19 membros do legislativo acreditam que é importante aumentar os investimentos e o cuidado para evitar que o novo coronavírus se alastre”, diz o presidente. O prefeito Victor Coelho agradeceu e parabenizou a Câmara pelo esforço: "Vamos passar por um período muito difícil na arrecadação municipal e todo recurso em prol da população é bem vindo. Vamos orientar a Secretaria da Fazenda para que aplique estes recursos na saúde e no combate ao Covid-19".
Onze vereadores, além do presidente, estiveram no Palácio Bernardino Monteiro para formalizar a devolução dos recursos ao município, dos quais a maior parte diz respeito a rendimento de aplicações financeiras (R$ 124.465,69) e o restante é resultado de superávit financeiro (R$ 36.983,93), ambos do exercício de 2019.
A responsabilidade da Mesa Diretora do Legislativo na gestão da Casa também lembrada pelo presidente. Ele enfatizou que 2019 foi um ano de grandes mudanças na Câmara, com a implantação da Escola do Legislativo, manutenção e melhoria de instalações e aquisição de equipamentos e mobiliário para todos os setores da Casa.
Além disso, Alexon mencionou que vários projetos tiveram seu planejamento iniciado no ano passado, para conclusão e implantação em 2020. No entanto, afirmou, a pandemia e o estado de calamidade pública decretado no município exigirão que os planos sejam refeitos. “É hora de agir com austeridade, para que Cachoeiro possa canalizar sua força e recursos para garantir a saúde da população”, afirmou.
Na mesma reunião, o prefeito aproveitou para confirmar que as exonerações de comissionados e estagiários não serão efetivadas. "Ouvindo a manifestação da população, decidimos que manteremos os empregos até a última instância, enquanto tivermos recursos para pagar a mão de obra. Mas vamos ter que reduzir gastos deixando de prestar serviços não essenciais. Toda a cidade vai perder um pouco, mas será necessário até conseguirmos recuperar a economia e a arrecadação. Só com a prorrogação do IPTU, cujo projeto de lei acabamos de enviar para a Câmara, por exemplo, serão 12 milhões que deixarão de entrar nos cofres públicos agora", explicou Victor Coelho. Vale lembrar que a Câmara foi porta voz dessa reivindicação popular, levando o assunto até o Executivo através de reunião: https://www.cachoeirodeitapemirim.es.leg.br/comunicacao/noticias/em-reuniao-com-a-camara-executivo-volta-atras-sobre-exoneracao-de-dt-s