Câmara aprova semana de conscientização e prevenção da sífilis
A Câmara de Cachoeiro aprovou nesta terça-feira (06) projeto de lei do vereador Osmar Chupeta (Republicanos) que cria a Semana Municipal de Conscientização e Prevenção da Sífilis e da Sífilis Congênita no município. A data vai ser comemorada anualmente na semana do terceiro sábado do mês de outubro, quando se comemora o Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita.
Segundo Chupeta, o objetivo do projeto é estimular a participação dos profissionais e gestores de saúde em atividades sobre a doença, enfatizando a importância do diagnóstico e do tratamento adequado da sífilis na gestante, durante o pré-natal, e da sífilis em ambos os sexos como doença sexualmente transmissível. “Assim como outros países, o número de casos de sífilis no Brasil em aumentado muito, e por isso temos que trabalhar a prevenção em nosso município”, diz o vereador.
A convite do vereador, a farmacêutica e bioquímica Deolinda de Fátima Domingues Loboo Gomes esteve na Câmara para falar sobre a importância da matéria. Ela parabenizou o vereador pela apresentação do projeto e alertou que hoje o país possui mais de 115 mil casos por ano, sendo metade em mulheres grávidas, que transmitem a doença para as crianças. Segundo ela, apesar de ser uma doença fácil de tratar, a sífilis é grave, e, além de tudo, é porta de entrada para outras doenças, como hepatite B e Aids. “Por isso a prevenção é fundamental. Não vamos conseguir extingui-la, mas pelo menos podemos impedir que todo esse quadro se agrave. O projeto é importantíssimo para despertar essa consciência”, afirmou.
A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) curável e exclusiva do ser humano, causada pela bactéria Treponema pallidum. A transmissão pode ocorrer por relação sexual sem preservativo com uma pessoa infectada ou ser transmitida para a criança durante a gestação e parto, podendo apresentar consequências severas, como abortamento, prematuridade, natimortalidade, manifestações congênitas precoces ou tardias e morte do recém-nascido. Para detecção da infecção o SUS disponibiliza gratuitamente o teste rápido. O tratamento também é gratuito e pode ser realizado na Unidade Básica de Saúde.