Ambulantes do Shopping Popular pedem apoio aos vereadores para garantir espaço em nova estrutura
Edson Bahiense dos Santos, um dos vendedores ambulantes que possui ponto fixo no Shopping Popular do bairro Guandu, solicitou ao presidente Brás Zagotto (Podemos) a oportunidade de se manifestar na tribuna da Câmara. “A prefeitura está fazendo essa grande obra de macrodrenagem da Linha Vermelha, que passa pela rua do Shopping Popular, deslocando temporariamente os ambulantes dali para o Mercado da Pedra. A gente sabe que o prefeito já está cuidando da situação, mas, como vereador, o Edson pediu a oportunidade e não podia negar o convite a vir aqui”, explica Zagotto.
O ‘camelô’ queixou-se de descaracterização do local, com a permissão da gerência de posturas do município para aquisição de pontos por outras pessoas, que teriam entrado também no sorteio para o novo local. “Quando foi fundado o Shopping Popular, foi falado que era uma doação e que, pagando os impostos anualmente, as lojinhas seriam nossas e possível herança de nossas esposas e filhos, sem permissão para venda ou locação. Agora, estou perdendo o sono junto com minha esposa, de medo, de chegar lá e darem o despejo no nosso local de trabalhar”.
Brás afirma que os vereadores estão comprometidos a apoiá-los junto à prefeitura e à gerência de posturas e não vão deixá-los perder o local em que trabalham há tantos anos. “Tenho o pensamento de que é melhor adequar os camelôs em local próprio ao invés de no meio da rua e tem espaço para todos”. A sugestão de Brás é que a prefeitura providencie um espaço maior, na Linha Vermelha ou na rua do Teatro Municipal, para alocar os ambulantes antigos e os novos próximo ao bairro Guandu, onde há maior movimento de comércio.
Delandi Macedo (Podemos), em aparte, destacou da fala de Santos a alegação de que os vereadores teriam dado ‘carta branca’, em decreto, para a prefeitura lidar com a situação. “Dizem que foram feitas diversas reuniões entre os ambulantes e a prefeitura, mas nós vereadores nunca fomos convidados para nenhuma. Além disso, a Câmara não pode ‘decretar’ a prefeitura. Apenas votamos as matérias que encaminham para cá. Então esta afirmação não procede”.