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Acessibilidade: usuários do Ir e Vir reivindicam melhorias do serviço em reunião na Câmara de Cachoeiro

por Camila Reis publicado 27/03/2025 17h01, última modificação 27/03/2025 17h01

“Nós queremos que o município fiscalize nossa acessibilidade, que é direito nosso. Por causa da pouca quantidade de vans rodando, por exemplo, já demorei mais de três horas para voltar para casa de um compromisso”, explica Varleson, cadeirante e usuário do serviço especial "Ir e Vir", que integra o transporte coletivo municipal de passageiros de Cachoeiro de Itapemirim. Ele e outros usuários foram ouvidos em reunião que aconteceu nesta quinta, 27, no Plenário da Câmara de Cachoeiro, organizada pelo vereador Rodrigo Sandi (PDT).

Estiveram presentes representantes da Agersa, agência municipal de regulação, Consórcio Novo Trans, que operaciona o serviço, secretarias municipais, Lar João XXIII e os vereadores Creone da Farmácia (PL) e Sandro Irmão (PDT).

De forma coletiva, além do aumento do número de vans, que hoje é de cinco unidades, os usuários pedem revisão da função dos auxiliares, melhoria da logística de trocas de turno entre os motoristas, redução da demora nos retornos, extensão do serviço para de segunda a segunda com horário de funcionamento das 6h às 23h e não redução das vans em períodos de férias escolares.

“Já houve uma primeira conversa, essa é a segunda, e espero que esse processo não acabe aqui porque precisamos dar uma resposta e melhorar a vida de cada usuário. Eles merecem respeito e o nosso apoio”, declara Sandi.

Vilson Carlos Gomes Coelho, diretor presidente da Agersa, afirmou que “todas as demandas pautadas são passíveis de acolhimento e entendimento” e grande parte pode ser resolvida com uma atualização da legislação, que é de 2015. “Podemos fazer isso em conjunto- a empresa, os usuários e o poder concedente”. A lei em vigor, por exemplo, determina que o serviço funcione apenas de segunda a sábado e não regulamenta de forma clara o papel do auxiliar. O diretor sugere criação de um grupo de trabalho e de aplicativo para usuários.

“O ir e vir mora no nosso coração”- Sabrina Cipriano, representante do Consórcio Novo Trans, compartilhou que Cachoeiro foi uma das primeiras cidades do Brasil a ter um programa parecido, iniciado antes mesmo de a lei ser aprovada e de ser remunerado pelo poder público. Reconhece gargalos como a dificuldade de manutenção das vans atuais, de marca menos resistente e com peças mais caras, ainda que tenham disponibilizado mecânico exclusivo para estes veículos. Porém ressaltou que “nossa maior dor hoje é o sistema de agendamento. Já fizemos orçamentos de sistema e protocolamos na SEMDES desde o ano passado. Hoje tudo funciona de forma manual e acaba sendo muito passível de erros humanos”.

Parraro Scherrer, Secretário Municipal de Cidadania, Trabalho e Direitos Humanos, reforçou a disposição do governo municipal em contribuir com as soluções, declarando que o próprio prefeito tem cobrado muito aos secretários municipais nesse sentido. Sobre a participação da secretaria na pauta, disse que podem cuidar dos cadastros e gestão do programa, “mas precisa mexer na estrutura da secretaria para atender a vocês de maneira adequada”, o que poderia ser feito de forma simples.

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